segunda-feira, 30 de março de 2009

A marcha fúnebre


Um pianista que estaria à altura de Vladimir Horowitz ou mesmo acima deste, seria Arturo Beneditti Michelangeli. Este pianista italiano de repertório reduzido tal como o seu homónimo russo era conhecido por raramente falhar uma nota nos seus concertos, ao contrário de Horowitz que por vezes arriscava em demasia. Mas só falo disto como uma curiosidade e não como um factor de inferioridade ou superioridade de um ou de outro. Desta sonata de Frédéric Chopin tocada em Londres pelo mestre italiano, deixo um andamento em forma ternária (ABA) cuja secção B se assemelha a um nocturno. Peço especial atenção a essa secção e ao acompanhamento quase inaudivel duma melodia dotada dum cantabile extraordinário. Deixo então neste Blog, o 3º andamento da segunda sonata de Chopin em Sib m op.35...a marcha fúnebre.

sábado, 28 de março de 2009

O Volodia


Neste "vídeo" estão três peças de seguida. Dois estudos , o op.2 nº1 e o op.8 nº12 de Alexander Scriabin, seguidos do Träumerei (sonhando) que pertence à obra maior de pequenas peças para piano Kinderszenen (cenas infantis) op.15 de Robert Schumann. O pianista é o famoso Vladimir Horowitz considerado um dos melhores pianistas do sec.XX, senão o melhor.

sexta-feira, 27 de março de 2009

O "Nicht wiedersehen"!!!


"Nunca nos havemos de ver outra vez" é um lied pertencente ao terceiro volume dos lieder Lieder und Gesänge (julgo que a tradução seja Canções e canto, parece-me um tanto estranho mas enfim..). O cantor é o mesmo que estreou este Blog, Dietrich Fischer-Dieskau, e o lied é de Gustav Mahler (relembro que em sites de interesse do lado direito está um link para poderem seguir os lieder). A surpresa é que ao piano temos Leonard Bernstein!

A suéca


Im Treibhaus (Na casa de Estufa) é o ultimo lieder a ser composto dos cinco Wesendonck Lieder mas o terceiro a ser executado. Este , tal como Träume (sonhos) é considerado um estudo para Tristão e Isolda. A intérprete que trago é considerada juntamente com Kirsten Flagstad uma das grandes sopranos da obra de Richard Wagner. Refiro-me claro está...a Birgit Nilsson.

Orfeu


Publico aqui então o segundo andamento do grande concerto nº4 em Sol Maior op.58 de Ludwig Van Beethoven. Julga-se que tenha sido Franz Liszt o primeiro a fazer a ilustração deste andamento como sendo Orfeu com a sua lira (o piano) a dominar as Erínias (as cordas). O interprete é o génio alemão Walter Gieseking.

O génio


Decidi publicar no blog, um dos três andamentos lentos mais bonitos da história da música para piano e orquestra, sendo os outros dois, um de Beethoven, e o outro de Ravel. A pianista que o interpreta é Clara Haskil. tinha publicado algo pela Sra.Haskil, mas agora trago-a como solista.
Esta pianista teve o privilégio de estudar com grandes músicos como Ferrucio Busoni e Alfred Cortot. Quem conheceu Haskil conta inúmeras histórias e faz inúmeras vénias ao seu génio.Um exemplo vem de um grande amigo de Clara Haskil, um tal de Charlie Chaplin que disse o seguinte acerca do talento da Sra. : "In my lifetime I have met three geniuses; Professor Einstein, Winston Churchill, and Clara Haskil. I am not a trained musician but I can only say that her touch was exquisite, her expression wonderful, and her technique extraordinary." O andamento provêm do concerto KV.488 nº23 em Lá Maior para piano e orquestra de Wolfgang Amadeus Mozart.

domingo, 22 de março de 2009

A outra


Elisabeth Schwarzkopf estava para o repertório alemão, tal como Maria Callas estava para o italiano. Apesar de de vez em quando (muito raramente) terem cantado no campo uma da outra (por exemplo Callas no Parsifal, e Schwarzkopff em La Traviata), e até terem feito uma Turandot juntas...a grande área de Schwarzkopf era a ópera e lied alemães. O poema é Der Erlkönig de Goethe, o lied de Franz Schubert op.1 (D.328). Para seguirem este lied ou outro qualquer, aconselho o site com traduções de lieder em "sites de interesse". Leiam a tradução de Sir Walter Scott.

A Tosca - parte 1


Apesar deste blog ser da parte de piano da turma de primeiro ano (como já foi explicado em "a introdução"), e como ao fim ao cabo sou só eu...decidi torna-lo algo um pouco pessoal. E seria impossível restringir só ao piano a música aqui publicada, pois metade do repertório que oiço incluí a voz humana. Se então partilho neste blog o que me é importante, nunca poderia deixar de fora a Tosca de Giacomo Puccini. E se menciono o repertório operático italiano, não fazer uma referencia inicialmente a Maria Callas seria um completo absurdo. Decidi por começar a partilhar uma das árias mais conhecidas de todo o repertório operático, refiro-me como é óbvio, a Vissi d'arte (eu vivi para a arte), um solo de soprano iniciado por Tosca, após uma proposta por parte de Scarpia (um vil chefe da policia) que em troca de um "favor", não matará Mário Caravadossi (o amor de tosca) que é acusado de ajudar um fugitivo. A ária é um questionamento a Deus do porquê de tal castigo.

A dupla


Juntamente com a dupla Rostropovich e Argerich, deixo aqui uma outra menos conhecida que tem uma particularidade um tanto rara, que é a de ambos os instrumentistas serem excelentes no instrumento um do outro. Arthur Grumiaux (o violinista) e Clara Haskil (a pianista) eram conhecidos por então trocarem de instrumento, o que lhes permitia um conhecimento mais profundo da obra e a compreensão das dificuldades técnicas e das limitações de ambos os instrumentos em cada peça. Deixo-vos então um exemplo da mestria desta dupla, é o minueto e trio da sonata para piano e violino nº21 em Mi menor Kv.304 de Wolfgang Amadeus Mozart.

O largo


A sua ultima sonata e obra a ser publicada em vida, foi a de violoncelo. Chopin, para além da vastíssima obra para piano que nos deixou, compôs canções; um trio para piano, violino e violoncelo; uma introdução e polonaise brilhante para piano e violoncelo; um Grande Duo concertante para violoncelo e piano em conjunto com o compositor August Franchomme, e esta sonata em sol menor op.65. Da sonata, publico aqui o 3º andamento, o largo. Ao violoncelo temos um pilar interpretativo do século XX, o grande Mstislav Rostropovich, e ao piano a fenomenal pianista Martha Argerich.

sábado, 21 de março de 2009

O recitativo


Juntamente com Dietrich Fischer-Dieskau, decido publicar uma cantora um tanto desconhecida comparada com o mestre alemão, mas que em genialidade e profundidade artística não lhe fica nada atrás. Refiro-me à americana Teresa Stich-Randall. Neste recitativo da cantata Jauchzet Gott in allen Landen (Louvai a Deus em todas as terras) BWV 51 de Johann S. Bach, podemos ouvir um exemplo das poucas gravações que nos deixou.

O canto do cisne



A primeira peça que publico, é o famoso lied (canção) Ständchen (serenata) do ciclo póstumo , Schwanengesang (o canto do cisne) D.957 de Franz Schubert. O nome deste ciclo foi dado pelo seu primeiro editor, que o publicou após a morte do compositor, acrescentado no fim do ciclo outro lied que supostamente seria o último que Schubert teria escrito. O nome do ciclo é dado pelo próprio editor, fazendo referência a uma lenda antiga que dizia que um cisne-branco, animal que se julgava mudo, teria momentos antes de morrer, um triste canto (lenda que foi desmistificada no ano 77). Então, sendo este o último grande ciclo de Schubert, recebe este nome. Este exemplo, é o 4º lied pelo barítono dos barítonos, o grande Dietrich Fischer-Dieskau.

quarta-feira, 18 de março de 2009

A Introdução

Este blog é criado pelo único pianista de 1º ano do curso de instrumento da classe de Caio Pagano e Paulo Álvares da Escola Superior de Artes aplicadas no âmbito da disciplina dos computadores.
Peço desculpa desde já pelo português incorrecto que possa surgir.
Neste Blog irei "postar" (se conseguir) excertos de peças que me sejam queridas de diversos instrumentos e épocas. O objectivo será então, divulgar, com algum contexto textual...música.